1.3.5. EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS
1. Avaliação em função de critérios de avaliação (ambiente Moodle da VMU)
No Moodle, os professores têm a oportunidade de avaliar o trabalho dos estudantes, avaliando se (e em que medida) os critérios de avaliação/ indicadores de avaliação foram alcançados. Os professores podem classificar tendo em conta os critérios de avaliação pré-definidos e dar feedback sobre a forma como o estudante conseguiu atingir determinados critérios de referência (ver Ilustração 1). Isto não só permite aos estudantes compreendam melhor o processo de avaliação, como também facilita o feedback. Como resultado, o processo global de aprendizagem pode ser melhorado.
Ilustração 1. Exemplo de avaliação em função dos critérios de avaliação (ambiente Moodle da VMU)
Com a utilização da ferramenta Moodle (acima apresentada), os professores podem dar feedback, explicando os critérios de avaliação que o estudante não cumpriu e a razão pela qual recebeu uma certa classificação no trabalho. A aplicação desta ferramenta do Moodle pode contribuir significativamente para a transparência da avaliação num ambiente virtual de aprendizagem. Além disso, pode também oferecer possibilidades de feedback personalizado.
Outra ferramenta do Moodle que permite aos professores avaliar o trabalho dos estudantes tendo em conta critérios/ indicadores de avaliação pré-definidos é a submissão, tal como se apresenta na Ilustração 2 abaixo. O professor pode avaliar o trabalho dos estudantes dando-lhes uma classificação e depois explicando quais os critérios de avaliação que foram cumpridos. Neste caso, o feedback deve ser organizado de acordo com os critérios/indicadores de avaliação. Ao dar feedback, o professor deve explicar como o estudante conseguiu cumprir os critérios de avaliação e justificar a classificação atribuída. Mais uma vez, isto assegura a transparência da avaliação e permite que os estudantes compreendam melhor os procedimentos definidos para a avaliação das aprendizagens.
Ilustração 2. Exemplo de ferramenta para dar feedback em função critérios/ indicadores de avaliação (ambiente Moodle da VMU)
Como se apresenta acima, o professor pode atribuir classificações aos estudantes, indicando o nível de competência destes em ligação direta com os resultados de aprendizagem pretendidos. O feedback baseia-se nos critérios de avaliação, ou seja, o professor explica quais os critérios de avaliação que o estudante cumpriu e onde há margem para melhorias.
Em suma, as ferramentas do Moodle permitem e facilitam os procedimentos de avaliação. É importante indicar critérios/ indicadores de avaliação, uma vez que tal assegura a transparência dos procedimentos de avaliação em ambiente virtual de aprendizagem. Aqui, alguns exemplos do ambiente Moodle da VMU foram utilizados para demonstrar como a avaliação tendo em conta critérios/ indicadores de avaliação pré-definidos pode ser realizada.
2. Critérios de avaliação para aumentar a transparência
Assente em princípios-chave de avaliação transparente, este exemplo de boas práticas enumera passos e ferramentas importantes que podem ajudar a promover a transparência em ambientes digitais.
Antes de mais, é importante compreender que a transparência é mais do que simplesmente partilhar critérios de avaliação tácita, pois é necessário orientar os estudantes na prática da sua utilização em contexto (Jönsson & Prins, 2019). Consequentemente, é necessário delinear os resultados específicos e as competências que queremos que os estudantes desenvolvam, assim como ligá-los às atividades reais que serão realizadas. Além disso, estes critérios devem ser indicadores de qualidade (Jönsson & Prins, 2019), na medida em que representam diferentes níveis e dimensões do desempenho dos estudantes. Como educadores, devemos, portanto, verificar se as tarefas e outras atividades realizadas estão alinhadas e se são adequadas aos resultados esperados. Esta verificação pode basear-se na reflexão pessoal, mas também no feedback dos estudantes e de colegas (ou seja, deve ser discutida com profissionais, peritos e ser partilhada ou co-criada com cada turma).
Para além do contexto, este processo é contínuo, uma vez que é necessário rever regularmente os resultados e critérios pretendidos (que podem incluir descrições detalhadas, listas de verificação, grelhas de marcação, rubricas, etc.), fornecendo feedback e monitorizando o progresso dos estudantes. É, portanto, importante planear, monitorizar e avaliar (Jönsson & Prins, 2019) o desempenho dos estudantes, uma vez que isto irá promover a sua autonomia, o seu comprometimento e a sua autorregulação. Este processo pode ser desenvolvido pelos próprios estudantes, uma vez que estes podem avaliar e dar feedback sobre os trabalhos dos colegas com base nos critérios disponíveis, o que também pode fomentar o desenvolvimento de comunidades de prática.